Em 20 de junho de 1899 o deputado
Cândido Motta apresentou o projeto de lei nº 80, elevando a distrito de paz
aquilo que era, naquele momento, designado por “distrito policial de Cordeiro”.
Acompanhava a proposta um abaixo assinado, com 165 assinaturas, liderados pelos
negociantes e proprietários José Firmino Bueno, Levy & Cia., Antonio
Ferreira Gaio, Augusto Simões Subtil e Vita & Orrico, seguindo-se após as
assinaturas dos cidadãos, dentre elas: Pedro Battistela, intitulando-se
proprietário de uma fábrica de cerveja, Batista Stocco, Manoel Ferreira das
Neves, Giacomo Frattini, Carlos Steinmeyer, farmacêutico, João Lucke,
negociante, Augusto Lucke, cervejeiro, Braz Marotta, o médico do local, José
Tella, sapateiro, Eugenio Betanho, “José Levi”, uma professora da escola
pública existente, Maria das Dores Corrêa, os fazendeiros Onofre e Antonio
Camargo Neves, proprietários na região da Água Branca.
O
abaixo-assinado destacava os motivos pelos quais a povoação deveria ser elevada
a distrito, dizendo que ela era constituída de “142 casas cobertas de telhas,
com cinco padarias, dois açougues, uma serraria a vapor, três fábricas de
aguardente, duas de cerveja, duas farmácias, duas alfaiatarias, dois
restaurantes, um hotel, funilaria, barbearia, bilhar, marcenaria, além de
importantes casas de comércio de secos e molhados, ferragens, fazendas e roupas
feitas”.
Demonstrando
a riqueza da povoação, eram citadas as fazendas situadas em seus limites:
Ibicaba, de Levy e Irmão; Santo Antonio e Saltinho, de Antonio Monteiro dos
Santos, Bosque, de Vianna & Irmão, Santana, da Baronesa de Jundiaí (...),
Santo Antonio, de Reginaldo de Moraes Salles, Botafogo, de Francisco de Campos
Ferraz, Santa Teresa, do Dr. Portela, Boa Vista, do dr. Fabio Ramos, Boa Vista,
do Comendador José Ferraz de Sampaio, além de outras sem proprietários
conhecidos: Matão, Barreiro, Catingueiro, Palmeira, Santa Maria e Jardim,
citando, por fim, o “ex-Núcleo Colonial de Cascalho”.
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